26 de junho de 2023
22 de junho de 2023
Minda
A minha mãe não gosta dos retratos que lhe faço.
"Quem é essa velha?". E risse.
Percebo-a.
Mas vou continuar a desenhá-la.
3 de junho de 2023
24 de junho de 2022
Raleigh Royal
23 de junho de 2022
22 de junho de 2022
20 de junho de 2022
pedalada pela Beira-Baixa
Percurso realizado de bicicleta em semi-autonomia, em dois dias e duas noites, pela Beira Baixa.
(Belver - Sarnadas de Ródão - Fratel)
1 de junho de 2022
26 de abril de 2022
18 de abril de 2022
caminha pelo vale de Cortes do Meio (Serra da Estrela)
Caminhada em autonomia (dois dias) com Vasco no vale de Cortes do Meio, Serra da Estrela, julho de 2022.
14 de abril de 2022
caminhada pelo Mira
3 de setembro de 2021
22 de julho de 2021
caminhada Castelo de Vide - Marvão - Castelo de Vide
"Quando é que um lugar passa a ser nosso? Não nosso como algo de que somos proprietários, mas porque está lá a nossa marca, visível ou secreta: um lugar favorito para estender a toalha na praia ou um baloiço preso numa árvore. As marcas também podem ser coletivas e dizer respeito a encontros habituais num parque ou a pinturas num muro (feitas em grupo, claro). Por isso se diz que as localizações existem sempre, mas os lugares, esses são criados por alguém, fruto de uma relação mais íntima com o espaço.
Em Marvão, onde menos se espera, encontrámos um lugar com essa marca. Fica a meia encosta, junto à Capela da Nossa Senhora da Estrela, onde a vista infinita sobre o Alto Alentejo e Espanha já enche os olhos.
Um penedo granítico com cerca de três metros de diâmetro apoia-se num outro mais pequeno, criando uma cavidade entre ambos, na qual caberiam, no máximo, três pessoas de pé. O que nos chama a atenção nesta disposição geológica é o facto de exibir uma cerca improvisada de ripas de madeira. Na cavidade, ensaia-se um abrigo: duas cadeiras retiradas ao ferro velho, uma tábua com quatro pés baixinhos, a que o léxico pede que chamemos mesa, e umas estantes improvisadas que guardam o que se achou que é para guardar. Aos pés deste sítio vagamente habitável, estende-se uma paisagem invejável.
“Uma pessoa chega aqui e fica de boca aberta, deslumbrada”, anuncia um homem de idade que, instantes antes, ainda estava junto à cancela das traseiras da capela. Ficamos a conhecer o senhor João Reia, construtor deste lugar, e a conversa que teve connosco permitiu-nos compreender o que está além da aparência.
Este é o seu refúgio. "