22 de julho de 2021

caminhada Castelo de Vide - Marvão - Castelo de Vide










 


"Quando é que um lugar passa a ser nosso? Não nosso como algo de que somos proprietários, mas porque está lá a nossa marca, visível ou secreta: um lugar favorito para estender a toalha na praia ou um baloiço preso numa árvore. As marcas também podem ser coletivas e dizer respeito a encontros habituais num parque ou a pinturas num muro (feitas em grupo, claro). Por isso se diz que as localizações existem sempre, mas os lugares, esses são criados por alguém, fruto de uma relação mais íntima com o espaço.

Em Marvão, onde menos se espera, encontrámos um lugar com essa marca. Fica a meia encosta, junto à Capela da Nossa Senhora da Estrela, onde a vista infinita sobre o Alto Alentejo e Espanha já enche os olhos.

Um penedo granítico com cerca de três metros de diâmetro apoia-se num outro mais pequeno, criando uma cavidade entre ambos, na qual caberiam, no máximo, três pessoas de pé. O que nos chama a atenção nesta disposição geológica é o facto de exibir uma cerca improvisada de ripas de madeira. Na cavidade, ensaia-se um abrigo: duas cadeiras retiradas ao ferro velho, uma tábua com quatro pés baixinhos, a que o léxico pede que chamemos mesa, e umas estantes improvisadas que guardam o que se achou que é para guardar. Aos pés deste sítio vagamente habitável, estende-se uma paisagem invejável.

“Uma pessoa chega aqui e fica de boca aberta, deslumbrada”, anuncia um homem de idade que, instantes antes, ainda estava junto à cancela das traseiras da capela. Ficamos a conhecer o senhor João Reia, construtor deste lugar, e a conversa que teve connosco permitiu-nos compreender o que está além da aparência.

Este é o seu refúgio. "


Museu da Paisagem








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15 de julho de 2021

até ao Palácio das Obras Novas

Pequeno percurso de bicicleta,  combinado com comboio de Sta. Apolónio (Lisboa), até Azambuja.

Palácio das Obras Novas, também conhecido como Palácio da Rainha, situa-se junto ao Tejo e a pouco quilómetros da Azambuja. 

"A sua construção teve início entre os finais do século XVIII e o início do século XIX e terá servido até ao princípio do século XX, como posto alfandegário que controlava a chegada de pessoas e mercadorias e como estalagem de apoio a uma carreira fluvial, que ligava Lisboa a Constância." (Museu da Paisagem)


Vala


cais junto à Vala


Palácio


Marta

Vasco

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